sábado, 25 de maio de 2013

rascunhos

dos rascunhos não enviados e até de enviados, tirei os momentos da memória.
e as coisas fizeram mais sentido talvez.

mas fiquei triste, porque lembrei de um desejo reprimido, de uma vontade explicitada em palavras apenas para mim. com destino certo, mas errado.

e relembrei dos sentimentos, da ânsia e da dúvida.
e lembrei que me fez bem passar por tudo isso. me fez ver agora bem distintamente dois sentimentos que podem acabar se confundindo.
o amor e a paixão.
paixão pra mim é aquela coisa que quando vem você não consegue controlar o frio na barriga, o nó na garganta, a tremedeira do corpo. é aquela coisa que quando se imagina o outro, ele tá sempre sem roupa. e a vontade é carnal. é morder, lamber, é sexo. e só. pode até vir no meio uns relances de mãos dadas e sonhos de intimidade. mas isso é rapidamente dilacerado pelo desejo carnal. a paixão é desconforto.
e o amor, ah... o amor é quente. é o que faz os olhos encherem d'água e a boca sorrir ao mesmo tempo. de alegria e coração cheio. o amor é aconchegante, é pele e carnal como a paixão, mas é calmo. é a vontade de bater e soprar. morder e beijar. paixão e aconchego. o amor é sorrir sem se olhar, é nó na garganta também, mas de um jeito diferente. leve. o amor é abraço, é sentido de dentro, por dentro. o amor é grande, toma conta. dá medo. 
a paixão não... ela é impulsiva, vai sem medo, se joga, se estrepa, não importa. nada importa. afoita.
o amor importa tudo. importa a felicidade, intimidade, fidelidade, cumplicidade, futuro... tudo vem num mix. a paixão é egoísta. é você saciando uma vontade sua. o amor é duplo. é conjunto, é dia-a-dia. é sempre.
e o amor pode surgir de uma paixão. ou de um outro amor, e se modificar através de uma paixão. é isso que penso. do amor de amigo com uma pitada de paixão surgiu a gente.

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