segunda-feira, 8 de junho de 2009

ligando as coisas

e sorrio.

porque tem o amanhã. e tem o depois do amanhã.
porque às vezes eu escolho sorrir.
e noutras escolho chorar.



roubei.


adoro sorrisos. mas uma coisa que não bate com meu santo são sorrisos forçados. os não naturais, pra fazer pose. uma gargalhada mascarada. não bate. vejo, analiso, as vezes até quase entendo, mas não bate. espontaneidade forçada. bem paradoxal mesmo. Mas a vida é recheada desses paradoxos.

Sorriso é expressão de felicidade. E é bom porque consegue-se perceber mesmo que você não veja a pessoa. Na voz ao telefone, no email escrito com carinho, num post em algum blog, na música compartilhada no youtube.



todo mundo analisa as pessoas e julgam. acredito que é natural mesmo do ser humano e da convivência em sociedade. eu analiso mesmo. e julgo mesmo. e erro mesmo.
e o tanto que é bom se surpreender com alguém é tão maior do que o tanto que é ruim se decepcionar.


mudando de direção,

quando fazia terapia, minha terapeuta seguia uma linha (que eu esqueci o nome) que era entender a forma que você reage a situações e se re-educar para o pensamento positivo ao invés do negativo imediato que as pessoas (eu pelo menos) estão (estava) acostumadas a ter de cara. Basicamente, quando alguma coisa me irritava ou chateava, eu aprendi a parar pra pensar antes de assumir uma raiva ou tristeza maior que a situação pedia. Analisava os motivos que me irritaram e via se eles eram realmente relevantes praquela coisa tomar conta de mim. Outro dia esqueci momentaneamente de fazer isso. Aí uma coisa me chateou, na hora fiz pose de durona, achando que eu consigo enganar a mim mesma. Obviamente percebi que não estava enganando nem a mim mesma, a única pessoa por dentro da situação. E percebi o tanto que eu estava sendo ridícula. Aí assumi minha posição de pensamento negativo imediato e fiquei chateada/triste/com raiva/emburrada com a coisa. Desejei que as agissem como que queria que elas agissem. Fui até egoísta porque com certeza eu não faria o que esperava que o outro fizesse. Passou um tempo (muito tempo até, talvez um dia) e eu percebi o tanto que eu estava sendo ridícula.
Desencanei. Passou, passou... De repente, não mais que de repente, fui surpreendida positivamente e o que eu queria aconteceu. E eu sorri. Por dentro e por fora. E depois chorei. E sorri de novo.

Um comentário:

Ana disse...

Terapia cognitiva, baby!
Sorrio!